Raças de cavalo brasileiras

Baixadeiro
O cavalo Baixadeiro é uma espécie de pónei rústico brasileiro , mais especificamente nativo da baixada maranhense. Sua origem data do Brasil colonial, quando os primeiros cavalos foram importados da península Ibérica, sendo muito provavelmente resultado do cruzamento entre cavalos da raça Garrano e Berbere, uma miscigenação dessas raças mais antigas e que se preservou na planície do Maranhão ao longo dos anos. Sua genética denota um conjunto de características únicas, e como está raça tem baixo nível de indivíduos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) incluiu-o em seu programa de conservação.

Brasileiro de hipismo

O Brasileiro de hipismo é uma raça de cavalos formada no Brasil a partir de algumas das mais importantes linhagens europeias de cavalos de salto e adestramento, tais como Hanoveriana, Holsteiner, Oldenburger, Trakehner, Westfalen e Sela Francês, através de cruzamento entre si ou com exemplares de Puro Sangue Inglês da América do Sul.
Cavalo leve, ágil e de grande porte, com altura superior a 1,65m, perímetro torácico de 1,90m e perímetro de canela de 21 cm. Cabeça média de perfil reto ou subconvexo, pescoço médio bem destacado do peito e espáduas, cernelha destacada, dorso bem ligado ao lombo e a garupa, membros fortes e andamentos briosos, relativamente elevados e extensos. Possuem excelente mecânica de salto, coragem, inteligência e elegância nos movimentos. São admitidas todas as pelagens.
Suas características o tornam apto para quaisquer modalidades de salto, adestramento ou concurso completo de equitação. É um cavalo de trote não muito comodo. Porém bem ágil e esperto, muito dócil e fácil de lidar.

Cavalo campolina

Nome em inglês : Campolina Horse /Brazilian Gaited Horse
Origem: Entre Rios de Minas, Minas Gerais - Brasil
Temperamento: Dócil
Influências: Éguas crioulas no tempo do império com Andaluz, Puro Sangue Inglês, Anglo-Normando e o Mangalarga Marchador
O Cavalo Campolina surgiu e foi selecionado pelo Cassiano Campolina em 1870 ; Fazendeiro rico, inteligente e apaixonado em criar cavalos ficou desgostoso por perder uma cavalhada - famosa representação folclórica da batalha entre mouros e cristãos - na inauguração linha Férrea de Queluz atualmente Conselheiro Lafaiete-MG em homenagem ao Imperador Dom Pedro II que estava presente; representando o partido Cristão perdeu pela primeira vez as disputas para o partido dos Mouros; Reconhecendo a derrota então decidiu criar cavalos mais altos, fortes e de bom andamento para obter vantagem na disputa e também para fornecer cavalos de boa qualidade para exército real , cavalhadas,transporte puxando carruagens no Rio de Janeiro, montaria e serviços diversos nas fazendas ,no que foi ajudado por Dom Pedro ll que enviou de presente uma égua por nome Medeia prenha de andaluz, pariu um potro espetacular,o lendário Monarca ,o padreador da raça. Durante trinta anos realizando seleção introduziu nas suas éguas crioulas além do garanhão Monarca, reprodutores da raça Anglo-Normando, Puro Sangue Inglês e o Mangalarga Marchador conforme sua intuição e experiência na Fazenda do Tanque em Entre Rios de Minas, Cassiano Campolina faleceu em 1904 antes da desforra, sua fortuna foi investida na construção do hospital que foi batizada com seu próprio nome ,referência em Entre Rios de Minas desde 1910 porém seu trabalho resultara na criação desta raça de cavalo que ganhou reconhecimento internacional.

O legado de Campolina foi complementado, dentre outros, por seu amigo Joaquim Pacheco Resende, num esforço de mais de setenta anos, formou esta raça única e conhecida como o grande Marchador Brasileiro.

Cavalo comum brasileiro
O cavalo comum brasileiro é uma raça de cavalos brasileira, descendente da raça Berbere.
Possui corpo longilíneo e esbelto, cabeça comprida, orelhas relativamente grandes, focinho fino e peito estreito. Podem ser de várias cores, como o preto, baio, castanho e alazão, sendo os mais comuns rosilho e tordilho.
Sua maior incidência é na região nordeste e nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Crioulo

O crioulo é uma raça de cavalo originário dos animais de sangue andaluz e berbere, introduzidos no continente americano pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca nos primeiros anos após o descobrimento do Brasil, e também os padres jesuítas Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero, em localidades que hoje é o Rio Grande do Sul, em 1634. Paralelamente, as criações foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas, na região, e passaram a se criar livremente nas planícies do conesul do continente americano, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente a alta amplitude térmica, quanto à seca e à falta de alimento. Normalmente são criados livres, em grandes pastos, e quando chegam à idade adulta são laçados e domados.

Dentro de sua origem Andaluz, provém de cruzamentos entre exemplares de perfil de cabeça convexa e semi-convexa (libicos e garranos).

Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem à raça crioula eram caçados e domados tanto pelos índios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.

Atualmente, a raça crioula está espalhada por todo o Brasil, mas especialmente no Rio Grande do Sul, onde está o principal símbolo da raça, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

Mangalarga marchador

A história do Mangalarga Marchador confunde com a formação de tropas de cavalos de elite no século XIX; Começa em 1750 quando o empreendedor português João Francisco Junqueira adquiriu da coroa de Portugal uma faixa extensa de terras do Brasil no período colonial; localiza-se na região sul de Minas Gerais. Como no Brasil não existiam tropas de cavalos no começo do século XV ,cada viagem que os colonizadores faziam para Península Ibérica trazia de lá tropas de equinos geralmente de origem comum que após séculos de seleção natural tornou-se crioulos.Em meados século XVIII era intenso o comércio de tropas equinas no Brasil colonial ,com vista nesse comércio João Francisco Junqueira aprimorou o negócio contando com tropas de cavalos crioulos marchadores selecionados para ser uma fonte lucrativa de recursos. O Mangalarga Marchador, também conhecido como Mangalarga Mineiro, é uma raça de cavalo brasileira, descendente dos animais da coudelaria Alter-Real, que chegaram ao Brasil no início do século XIX por meio da Corte portuguesa, e que depois foram cruzados com cavalos crioulos marchadores formados pelos fazendeiros da região sul de Minas Gerais.
Segundo a tradição, em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) filho de João Francisco Junqueira ganhou de D. João VI, um garanhão da raça Alter-Real e iniciou sua criação de cavalos cruzando este garanhão com as éguas marchadoras selecionadas na Fazenda Campo Alegre que era herança de seu pai, situada no Sul de Minas entre os municípios de Cruzília e Luminárias. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime ou Junqueira pelo seu andar macio que foi selecionado pelo seu sobrinho João Frausino Junqueira na Fazenda Favacho perto da Fazenda Campo Alegre, exímio caçador de veados selecionava cavalos refinados mas que mantinham o andar macio, comodidade e resistência para as longas distâncias nas caçadas que eram em desfiladeiros e serras que geralmente nenhum cavaleiro conseguiria ir se o seu cavalo fosse de trote. Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Brasil Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão ao nome da fazenda onde foram criados.

Mangalarga paulista

Mangalarga Paulista é a designação popular dos cavalos da raça Mangalarga, raça de origem brasileira. O termo faz referência à sua origem no Estado de São Paulo e busca diferenciá-lo de outra raça nacional, a Mangalarga Marchador, popularmente conhecida como Mangalarga Mineiro.

Dono do famoso slogan "O Cavalo de Sela Brasileiro", o Mangalarga possui uma história de mais de duzentos anos, que tem começo com a chegada da família real ao Brasil em 1808. Naquela ocasião, o Príncipe Regente Dom João VI presenteou Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, com alguns reprodutores portugueses originários da coudelaria Alter-Real

O barão instalou esses cavalos em sua fazenda, a Campo Alegre, localizada no município de Cruzília, na região limítrofe entre o sul de Minas Gerais e o Estado de São Paulo. Logo os garanhões portugueses passaram a ser utilizados nas éguas da fazenda, originando os indivíduos que se tornariam os formadores das raças equinas do Sudeste brasileiro, em especial a Mangalarga.

Por volta de 1812, parte dos animais originados desse cruzamento migrou para o Estado de São Paulo, levada por Francisco Antônio Junqueira para a Fazenda Invernada, propriedade pioneira na região de Orlândia. Considerado o grande selecionador e formador do Mangalarga, Capitão Chico era um caçador apaixonado e devorador de léguas, que exigia o máximo de seus cavalos, procurando que conciliassem características antagônicas como ser galopadores de fôlego e marchadores incansáveis. Utilizando os animais nas caçadas ao veado, que se constituíram numa importante ferramenta de seleção da raça, Capitão Chico exigiu que os equinos adquirissem novas qualidades para se adaptar à geografia do nordeste paulista, bastante distinta da existente no sul de Minas.

Pampa

Pampa, não é propriamente considerado uma raça, pois abrange animais oriundos de outras raças que tenham como característica principal sua pelagem.

O principal objetivo da associação é a formação de um cavalo Pampa com aptidão esportiva e de lazer, sendo aceitos cavalos de origem em diversas raças.

A base da formação é a de um cavalo de padrão morfológico internacional para sela, preservando as modalidades de andamento.

O Pampa nacional são de origem Quarto-de-milha e do Puro-sangue Árabe, entre outras raças consideradas exóticas.

Pônei brasileiro

O pônei brasileiro é um cavalo destinado à iniciação de crianças na equitação podendo ser usado também em tração leve.

É um eqüino eumétrico, ágil, de bom temperamento para o serviço, dócil, com proporções equilibradas entre a altura da cernelha e o comprimento do corpo. Frente altiva e leve, bem aprumado e com angulações de membros que favorecem uma boa liberdade de movimentos ao passo, ao trote e ao galope.

Pantaneiro

Em julho de 1988 foi fundado o núcleo de criação do cavalo Pantaneiro na fazenda Nhumirim, com 31 animais (garanhões, éguas e potras), depois por contrato de comodato com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Pantaneiros (ABCCP), esse número foi aumentando, para a obtenção de representatividade e maior variação genética. O núcleo teve por objetivo a conservação da raça, conjuntamente com pesquisas em reprodução, nutrição, genética, seleção zootécnica, melhoramento, parasiltologia, virologia, etc. Para todo o Pantanal foi realizado a caracterização genética e fenotipica das populações existentes e identificação dos sistemas de criação. Realizada a identificação da origem do Cavalo Pantaneiro.Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.


Campeiro
O cavalo campeiro tem origem nas expedições espanholas, que por volta do século XVI passaram por terras Catarinenses e seguiram até Assunção no Paraguai, deixando alguns animais para utilização no serviço de abastecimento dos navios no porto em Santa Catarina. A origem do Cavalo Campeiro é atribuída à expedição do espanhol Alvar Nuñes (“Cabeça de Vaca”), que em março de 1541 seguiu por terra, a partir do litoral de Santa Catarina até Assunção, Paraguai. Porém, é muito provável que houve, também, extravios de animais por outras expedições espanholas com a mesma rota, pois a ilha de Santa Catarina (Florianópolis) era o primeiro posto avançado da Espanha na América do Sul.

As primeiras notícias oficiais da presença de cavalos no planalto, hoje catarinense, se deram quando da abertura do Caminho dos Conventos no ano de 1728 por Francisco de Souza e Farias, que partindo de Araranguá/SC transpôs as matas da Serra Geral e já no planalto deparou com um grande número de cavalgaduras e vacas. Três anos depois, Cristovão Pereira de Abreu também registrou a presença de animais, quando de viagem pelo mesmo caminho, onde agregou centenas deles à sua tropa original.

Quase 200 anos após a expedição de Alvar Nuñes é que foi noticiada oficialmente a existência de cavalos selvagens naquela região, que povoavam, além doplanalto catarinense, o planalto do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná, ou seja, a região dos pinheirais do Brasil. Daí a denominação “Marchador das Araucárias” para esta espécie, que foi moldada pela natureza e pela procriação livre (aos ventos), formando ao longo deste tempo um padrão fenotípico homogêneo.

Foi em Curitibanos, que com o tempo foram sendo selecionados os melhores cavalos marchadores e a tradição da criação desses equinos foi passada por gerações.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Ra%C3%A7as_de_cavalo_brasileiras

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